quinta-feira, 30 de abril de 2015

A greve dos professores em Curitiba e a triste fase em que o país vive


Independentemente do título ou fonte, é muito triste ver uma cena como esta.

Deplorável cenário em que o Brasil está inserido atualmente.
O poder está veemente ao lado de quem?

(as emoções são reais)



sexta-feira, 27 de março de 2015

news: ouça "A Praia", novo disco do Cícero

Cícero Rosa Lins, ou apenas Cícero, acaba de disponibilizar para download gratuito em seu site o terceiro e novo disco, intitulado "A Praia".

Clique na bela capa abaixo e baixe já o seu.

quinta-feira, 15 de maio de 2014

News: novo do Coldplay é soturno e surpreendente

Coldplay - Ghost Stories
   
Alternative, United Kingdom
2014

Estamos chegando perto do meio do ano e seguramente podemos afirmar que 2014 já é um desses anos com belas surpresas no segmento musical. Dentre os muito bons lançamentos, os ingleses do Coldplay surpreenderam (após o megalomaníaco Mylo Xyloto - isso lá é nome de disco?!) de forma positiva e lapidaram um belo álbum. Mantendo exatamente o clima que embala a bela capa ao lado (cortesia da artista Míla Fürstová) e deixando também as extravagâncias da superprodução um pouco de lado, "Ghost Stories", que chega às lojas neste dia 16 de maio, e aposta em um som mais simples, tracklist mais enxuto e músicas leves e soturnas, mantendo a característica ambient que tanto combina com o grupo.

As flertadas com o  rhythm & blues e batidas eletrônicas ainda existem, mas de forma discreta. Este talvez seja o disco mais interessante do Coldplay desde X&Y, lançado em 2005. Vale a pena ser conferido até mesmo por aqueles que haviam perdido a esperança desde que Chris Martin decidiu ser tornar o novo Bono Vox. No mais, é um bom disco para se ouvir à noite, especialmente de madrugada.

Confira o vídeo para o primeiro single, "Magic", dirigido por Jonas Akerlund e estrelado por Zhang Ziyi - inspirado totalmente na estética cinematográfica dos anos 30:

terça-feira, 15 de outubro de 2013

News: Clóvis de Barros Filho e a potência do agir

"A vida é uma sequência de encontros inéditos com o mundo, portanto ela não se deixa traduzir em fórmulas de nenhuma espécie".


Perante tudo que já foi dito, deixo aqui o link para as belas palavras de Clóvis de Barros Filho, professor de Ética na ECA-USP, onde ele conta como descobriu a sua vocação, aos 13 anos de idade, em uma apresentação na escola.

Feliz Dia do Professor!


segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Music: Arctic Monkeys - AM (2013)


Arctic Monkeys - AM
   
Alternative, United Kingdom
2013

"If you like your coffee hot, let me be your coffee pot"

E o Arctic Monkeys ousou de novo. Passados sete anos desde o lançamento de seu primeiro disco, os ingleses apresentaram no início deste mês o quinto álbum da carreira. AM é um disco variado e arrojado, talvez o mais eclético até aqui. A começar pelo título, que parece significar muito mais do que apenas uma alusão ao nome da banda. As ondas na capa te lembram algo? Caso não, vejamos: "[...] um processo de transmissão através de Modulação em Amplitude, difundido em várias bandas de freqüência e caracterizado pelo longo alcance dos sinais, a freqüência AM está sujeita a interferências de outras fontes eletromagnéticas". Pois é, agora tudo faz sentido. E continuando: há várias novidades significativas em relação ao som do grupo. A produção ficou a cargo de James Form e Ross Orton, que fizeram um trabalho polido, resultando numa sonoridade cristalina, cheia de pequenos detalhes. Os inquietos meninos (que nem são mais tão meninos assim) agora nos apresentam um trabalho com grande influência de rhythm and blues, hip-hop ("'O único ponto de venda deste álbum é que ele soa como o Dr. Dre", disse Alex Turner) e muitos elementos eletrônicos, pontos praticamente inéditos na carreira da banda.

Logo nos primeiros segundos de "Do I Wanna Know?", faixa de abertura do disco, já é possível perceber a cuidadosa produção, onde o som da bateria é todo acompanhado de efeitos eletrônicos e palmas. A canção possui um riff  bem característico dos últimos trabalhos dos rapazes, mas o baixo no talo e as diversas camadas de backing vocals dão o tom do que virá pela frente. À seguir temos "R U Mine?", já velha conhecida do público, lançada há quase dois anos como single e é outra paulada, com baixo e bateria em primeiro plano enquanto Alex declama seus versos dignos de um rapper, cheios de acidez e sarcasmo. Esta música, juntamente com a ótima "Arabella", são referências diretas à namorada do vocalista, a modelo Arielle Vandenberg, que inclusive faz uma participação no videoclip "R U Mine?".

Mais do que nunca, em AM a banda explorou os vocais do baterista Matt Helders, que emprestou sua voz em praticamente todas as faixas do disco. Helders já vem arriscando seus dotes vocais há algum tempo, vide as antigas "D Is for Dangerous", "Brick by Brick", "Teddy Picker" e muitas outras, e é interessante notar que sua fina voz, tida muitas vezes como de gosto duvidoso, deu lugar a um potente vocal com influências R&B e soul, como é o caso em "One for the Road", que conta com a participação de Josh Homme dividindo os vocais com ele e Alex. O resultado é, no mínimo, imprevisível. "I Want It All" é mais uma das canções que tem significativa participação de Helders no vocal. Aliás, falando sobre variações vocais, nos últimos anos tornou-se notável o número de bandas que vem buscando novas alternativas vocais para suas canções. Diante de uma concorrência cada vez mais acirrada, tornou-se uma interessante forma de diversificar seu som.

"Arabella's got a '70s head, but she's a modern lover"

"No. 1 Party Anthem" é mais tradicional e trata-se de uma emocionante balada, quase parecendo um b-side do EP solo de Turner, "Submarine", lançado como trilha sonora do filme homônimo em 2011. "Why'd You Only Call Me When You're High?", que lembra muito "What's the Difference" do já citado Dr. Dre, ganhou um videoclip escrachado, com Alex atuando de forma cômica. A ótima "Snap Out of It" (outra carta na manga que corre o risco de se tornar hit a qualquer momento) tem um trabalho vocal belíssimo e é mais um dos muitos destaques do disco, onde a banda mostra o seu amadurecimento e como cada integrante soube aproveitar suas influências e lapidá-las de forma concisa. Em "Knee Socks" eles não economizaram nos efeitos, inclusive vocais, fazendo desta a mais eletrônica do álbum.

Há espaço também para canções mais convencionais, vide "Fireside" e "Mad Sounds". Mas parece que a cada música, um elemento inesperado surge em algum momento, seja uma pincelada eletrônica, um efeito vocal, enfim, um toque surpresa, impressionando o ouvinte. Para encerrar o disco de forma grandiosa, a banda optou por homenagear mais uma vez o poeta inglês John Cooper Clarke, fazer uma versão impecável para "I Wanna Be Yours", um de seus mais belos poemas. 

Após este memorável e inesperado registro, o Arctic Monkeys se consolida definitivamente como um dos nomes mais importantes da música do início do século e Alex Turner como um dos letristas/vocalistas mais geniais de sua geração. E que venha o próximo, pois o reinado do Arctic Monkeys ainda não tem data para acabar.





Movie: O Tempo e o Vento (2013)


O Tempo e o Vento
Jayme Monjardim, Brasil
2013

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Rodrigo Amarante disponibiliza para audição o seu disco solo, "Cavalo"

Foto: Caroline Bittencourt

Saiu! Finalmente o tão aguardado disco solo do eterno hermano Rodrigo Amarante foi disponibilizado para audição e pré-venda nesta segunda, 23. Intitulado "Cavalo", o álbum possui 11 canções, onde o ruivo canta em português, inglês e francês. O show abertura da turnê brasileira acontecerá ainda nessa semana, no Sesc Pompéia, em São Paulo (dias 26, 27 e 28) - onde os ingressos estão totalmente esgotados - e passará por outras capitais com Brasília, Rio de Janeiro, Curitiba, Recife, Salvador, Florianópolis e Porto Alegre. O baterista e também hermano Rodrigo Barba participará ao menos das cinco primeiras apresentações e não será de total espanto se esta não for a única surpresa no decorrer da mini-turnê.

O músico também disponibilizou em sua página oficial do Facebook uma carta de apresentação para o álbum (clique para ampliar):


Ouça abaixo o disco na íntegra:



Página oficial no Facebook: https://www.facebook.com/pages/Rodrigo-Amarante/316013055081493/
Compre o disco (iTunes): https://itunes.apple.com/us/album/cavalo/id709647937

domingo, 15 de setembro de 2013

Erlend Øye lança videoclip em italiano


O norueguês Erlend Øye, que compõe o duo folk Kings of Convenience parece mesmo saber como aproveitar a vida. Ele se mudou há cerca de um ano para Siracusa, província italiana localizada na Sicília e, ao que tudo indica, não sairá tão cedo. Alegre, bronzeado, rodeado de amigos e cantando em italiano: É assim que ele aparece no vídeoclip de "La Prima Estate",  o primeiro single de seu já anunciado novo álbum, que deve sair até o final do ano. O carismático músico já fez algumas apresentações pela região e vem até cantando alguns clássicos da terra mediterrânea para o deleite dos italianos, que aprovaram a nova empreitada do rapaz. Nos resta aguardar o que vem por aí!

Confíra o vídeo de "La Prima Estate":



quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Music: Vanguart - Muito Mais Que o Amor (2013)


Vanguart - Muito Mais Que o Amor
  
Alternative, Brasil
2013

Uma das bandas nacionais de maior destaque dos últimos anos, os cuiabenses do Vanguart lançaram no final de agosto este que é o terceiro disco do grupo. Intitulado "Muito Mais Que o Amor", o registro possui um intervalo de apenas dois anos de seu antecessor, o elogiado "Boa Parte de Mim Vai Embora", porém a expectativa para o seu lançamento era grande devido às inúmeras vezes que foi adiado. Produzido por Rafael Ramos, o álbum surpreende por mostrar uma banda mais à vontade no estúdio, experimentando outros patamares e incorporando novos instrumentos à sonoridade.

Ficou claro também que os rapazes quiseram dar um passo à frente na carreira, explorando uma vertente mais abrangente e comercial, e por que não dizer, popular? Para tal, se utilizaram de uma linguagem mais acessível, apostando em canções mais alegres e ensolaradas. Entre erros e acertos, a banda também optou por um registro mais enxuto que seus anteriores, apresentando ao todo onze canções. 

"Estive" abre o disco de maneira radiofônica: com uma levada folk acelerada e carismático apelo pop, a canção possui uma estrutura musical que vai crescendo gradativamente. Destaque para o emocionado vocal de Helio Flanders, declamando calorosos versos como "Uma vida é pouca pra gente ser feliz". Nunca o Vanguart soou tão radiante. A música também foi escolhida como primeiro single, característica já constante na carreira da banda, uma vez que as primeiras faixas dos trabalhos anteriores também acabaram se tornando carro-chefe de cada disco. Esta talvez seja a canção mais comercial dos rapazes até aqui.

A faixa seguinte, "Demorou Pra Ser", começa mansinha e imediatamente nos remete ao disco anterior, seja pelo arranjo característico ou a temática intimista. É interessante observar que, à partir daqui, grande parte das canções contam com um dueto vocal de Flanders e o baixista Reginaldo Lincoln, como é o caso de "Eu Sei Onde Você Está", forte candidata a hit, é mais uma faixa que possui uma atmosfera mais exultante e caracterizada por um marcante riff de guitarra no melhor estilo slide, que vai se repetindo durante toda a música.


Mantendo o alto-astral, a apaixonada "Meu Sol" briga pelo posto de melhor do disco, com destaque para belo arranjo de violino (ponto para a talentosa Fernanda Kostchak, agora definitivamente integrada à banda), que dá um toque todo especial à música, numa das melodias mais bonitas do álbum. "A Escalada das Montanhas de Mim Mesmo", como o próprio nome sugere, é uma triste canção que se arrasta pelos seus três minutos e quinze segundos de duração, lembrando os momentos mais melancólicos do Los Hermanos com arranjos de metais tão explorados em seus últimos trabalhos. "Sempre Que Estou Lá" é uma canção mais convencional com guitarras e teclados característicos da banda e também remete ao disco anterior. "Vamos pisar nos pedais e fugir" canta Helio no bonito refrão.

"O Que Seria de Nós" começa muito bem com bandolim e gaita solando em primeiro plano, mas peca pela óbvia letra e curta duração. Helio começa a cantar pobres versos como "O que seria de você sem mim? / O que seria de mim sem você? / O que seria de nós dois sem nós?" e não convence, numa passagem pouco inspirada, temos que admitir. Se a intenção era fazer uma pequena vinheta, deveriam ter dado mais atenção à letra, criando algo mais impactante. Aliás, no quesito poesia, e até pelo histórico da banda após o elogiadíssimo disco anterior, era esperado uma contínua evolução nas composições, o que acaba não se concretizando totalmente. Oscilando entre momentos mais inspirados e outros bem regulares, a sensação que fica é que Flanders se manteve no mesmo patamar, como é o caso da mediana "Pelo Amor do Amor".

Levada à cabo por um piano, a surpreendente "Pra Onde Eu Devo Ir" chega a lembrar as famosas duplas sertanejas que surgiram no início dos anos noventa, talvez pela temática e o (ótimo) dueto vocal de Flanders/Lincoln. Mais um ponto para o Vanguart que não teve medo de ousar, criando uma inusitada melodia e chegando a um resultado bem interessante. Se os rapazes tinham receio de explorar a fundo o dueto vocal fazendo-o ocasionalmente, neste disco fica evidente que é uma veia que pode ser muito bem explorada daqui em diante.

Diferentemente dos discos anteriores, a participação de Reginaldo Lincoln nos vocais principais limitou-se apenas à canção "Mesmo de Longe", mantendo sua influência pop característica e vocais melódicos já usuais em suas composições. A música é boa e trás novamente a dupla Flanders/Lincoln dividindo os vocais no refrão. "Olha Pra Mim" encerra o disco de maneira desolada. Aqui o bandolim e os sopros conduzem a melodia emocionada enquanto Helio se despede com versos esperançosos: "Vem cá, eu vou te dar tudo de mim / E o amor irá nos acompanhar até o fim". O que virá depois?


Site oficial: www.vanguart.com.br

sábado, 24 de agosto de 2013

Music: Franz Ferdinand - Right Thoughts, Right Words, Right Action (2013)


Franz Ferdinand - Right Thoughts, Right Words, Right Action
  
Alternative, Scotland
2013

Após lançarem um terceiro disco que dividiu a critica e os fãs, os escoceses do Franz Ferdinand quase encerraram as suas atividades, como conta o guitarrista e vocalista Alex Kapranos, em entrevista recente: "Eu queria acabar com a banda porque na minha cabeça parecia um daqueles trabalhos que tive de abandonar. Não gostava da rotina nem das obrigações". Toda essa pressão fez com que o quarto álbum, intitulado Right Thoughts, Right Words, Right Action, levasse quatro anos para ser lançado. Felizmente eles acabaram encontrando forças após os primeiros resultados dos ensaios para o novo disco. Talvez tenha sido primordial para que o álbum tivesse a força que tem.

Diferentemente do disco anterior, é perceptível que a banda resolveu deixar os teclados e sintetizadores um pouco de lado e apostar nas guitarras em primeiro plano - o que sempre foi o destaque dos rapazes. Ainda que presentes em diversas faixas, os teclados aparecem de forma harmoniosa entre as melodias, casando perfeitamente com as guitarras. Este equilíbrio - que acabou não acontecendo no confuso álbum anterior, onde os mesmos pareciam ter tomado o lugar das guitarras - rendeu ótimas canções no decorrer deste que é o mais curto disco da carreira: dez faixas em pouco mais de meia hora de música.

A faixa de abertura, "Right Action", começa com uma batida eletrônica e dá uma falsa sensação do que viria à seguir. O receio de que um novo Tonight estaria por vir toma conta do ouvinte e... quase que imediatamente, as guitarras de Kapranos e McCarth dão as caras. Ufa! A canção ganhou um interessante videoclip dirigido por Jonas Odell, que chega a lembrar o primeiro hit dos caras, uma tal de Take Me Out, lançada em 2004, há quase 10 anos atrás. A faixa seguinte, "Evil Eye" (já ouviu esta melodia em algum lugar?) é marcada pelo baixo competente de Bob Hardy, e também é pura festa. O velho Franz Ferdinand está de volta!

O primeiro single, "Love Illumination" apresenta um riff poderoso com direito a solo de guitarra e videoclip debochado. Na ótima "Stand on the Horizon", Kapranos parece se desculpar: "How can I tell you I was wrong? When I am the proudest man ever born..." canta na canção, onde todos os instrumentos parecem se associar de forma gloriosa: baixo, bateria, guitarra e teclados em total sintonia. "Fresh Strawberries" tem um riff de guitarra grudento que vai se repetindo no decorrer da faixa. A acelerada "Bullet" é uma das melhores do disco, com seu andamento contagiante. À partir de "Treason! Animals" a veia eletrônica da banda volta à tona, mas nada que comprometa o resultado, afinal as guitarras ainda estão presentes.

De forma irônica e misteriosa, o Franz Ferdinand parece querer confundir os fãs. Como explicar a capa do álbum, onde as placas "Right Toughts", "Right Words" e "Right Action" apontam para uma direção, enquanto "Franz Ferdinand" aponta para o sentido contrário? Ou ainda na misteriosa canção que encerra o disco, a começar pelo nome: "Goodbye Lovers and Friends": "You can laugh as if we're still together, but this really is the end" se despede. Seria este o canto do cisne?

No canal oficial da banda foi disponibilizado um pequeno documentário onde mostra cenas do processo de gravação do álbum. Veja abaixo:



Come Home, Practically All, Is Nearly Forgiven


Confira também as performances ao vivo para "Bullet" e "Stand on the Horizon", registradas no Late Show, no dia 22/07:





"I don't need to be forgiven
But a moment from the living
That's the only thing I ask..."

sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Music: Maps & Atlases - Beware and Be Grateful (2012)


Maps & Atlases - Beware And Be Grateful
   
Experimental, United States
2012

He sings likes his jaw is wired shut!

O Maps & Atlases, de Chicago, vem chamando atenção na nova cena rock americana. Os rapazes, que ao decorrer dos últimos anos lançaram alguns EPs e um bom disco de estréia em 2010, apresentaram no ano passado o interessante Beware And Be Grateful. Abusando do minimalismo em todos os instrumentos, parece que realmente estão encontrando a sua identidade. Se para a crítica especializada, o competente disco de estréia passou desapercebido, neste temos a impressão que o Maps And Atlases veio para ficar.

A faixa de abertura é a climática "Old & Gray", que vai mudando de andamento durante toda a sua progressão, tornando-se uma espécie de introdução para a faixa seguinte. Chamada "Fever", é forte candidata a hit do álbum. Com ritmo e melodia contagiantes, trata-se de uma agradável e inteligente canção, onde é perceptível a competência dos rapazes em criar boas melodias utilizando efeitos minimalistas, ainda que à base de recursos modernos... A virtude que só um estúdio nos tempos atuais pode nos proporcionar.

E a banda parece estar aprendendo bem a lição: Há outros destaques que merecem ser ouvidos. "Old Ash", "Remote & Dark Years" e a ótima "Vampires" também são inspiradíssimas. "You are all dried wood!" insistem, no refrão. A capacidade vocal de Dave Davison também é algo notório, com sua maneira de cantar com a mandíbula quase fechada. Ao final, "Important" fecha o disco de forma soturna e reflexiva.

Ainda que longe de ser brilhante do início ao fim, o disco, que ao todo apresenta dez faixas, aponta uma busca para a originalidade e torna-se clara a vontade dos rapazes de fazer algo realmente novo. Não me espantaria se o Maps & Atlases se tornasse um dos nomes mais populares do rock americano nos próximos anos. Claramente é uma das apostas, mesmo que em alguns aspectos, insistam em nadar contra a maré.


Maps & Atlases - Vampires (live on Buzzsession)

Movie: Un Perro Andaluz (1929)


Un Perro Andaluz
Luis Boñuel - Salvador Dalí, France - España
1929

Movie: Profissão MC (2009)


Profissão MC
  
Alessandro Buzo - Toni Nogueira, Brasil
2009

Profissão MC é um drama dirigido por Alessandro Buzo e Toni Nogueira que retrata a realidade em periferias do Brasil e o poder de suas escolhas. O filme foi gravado no bairro Itaim Paulista, na zona leste de São Paulo e não captou nenhuma verba para ser produzido, sendo fruto de colaborações dos mais variados artistas, realizado pela DGT Filmes. Lançado em 2009, apresenta o músico Criolo Doido antes da fama, interpretando ele mesmo, ainda que não seja um papel biográfico. Com duração de cinquenta minutos e produção simples, prende o espectador pelo interessante e realista desenrolar da história.

Três anos após seu lançamento, no final do ano passado foi anunciado pela produtora que uma sequência do filme será gravada. A partir de um blog colaborativo, a equipe vem mobilizando reuniões e inserindo notícias para quem desejar colaborar com o projeto. A última postagem, datada de outubro passado, informa que as filmagens já iniciaram. É aguardar a defluência da obra. 

Confira abaixo o teaser de lançamento do filme:



Para assistir o filme na íntegra, clique no link a seguir: http://youtu.be/vuRHmVsSJ_A